Aqueles olhos que me seguem podem não ser seus
Sem dúvidas não são meus, podem ser de ninguém
Aquelas vozes que escuto podem ser dizeres, ruídos
Ou simplesmente a sombra de um pensamento antigo.
As lembranças boas ficam no passado.
A dor dilacera, caleja, fere, dói.
E a ferida seca, permanece, não há remédio.
Mas onde há dor, existe também o amor.
Sua leveza suaviza, transmuta, modifica, mas não cura.
Muitas vezes olhos e vozes te apontam.
E não se olham, não sabem quem são.
O mundo cria dor a medida que você o vê, o sente.
Assim, como ele é. No que se tornou.
Usando um anestésico, viajo gostoso.
Mergulho num mundo menos doloroso,
num mistério gozoso.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
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