sexta-feira, 16 de outubro de 2009

TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS

Construções modernas com alto poder de capital implantado
Tomam conta da cidade, por toda a parte
Derrubam verde, flores, árvores
Desabrigam pássaros e animais,

Os homens e suas obras Arquitetônicas,
Obras de engenharia anacrônicas,
No lugar de matas densas, construções horrendas tomam conta
Animais selvagens entram em extinção
Com o poder destruidor expansivo que o homem, usa, sem precisão.

As mais lindas paisagens naturais, sem iguais.
Transmutaram-se em pedras, cimento, asfalto.
Lugares antes pertencentes à flora e fauna,
Agora são antros de assalto.
Seres que viviam em meio as mais belas correntes de rio, as mais fortes cachoeiras,
Agora vivem em meio a esgotos e represas.

O sol que comanda o dia e a noite,
Hoje em dia conta com o apoio da energia elétrica
Que clareia com estética e torna a noite menos obscura,
Em sua calada diária.
Mas ao mesmo tempo em que ilumina, a energia das turbinas dissipa litros de águas
que poluem rios e os mares, que de animais eram lares.

As ocas tornaram-se prédios,
O rural virou o urbano,
As cartas tornaram-se e-mails,
Os celulares apareceram em meio a todo este advento tecnológico, industrial.

Mas as conseqüências desastrosas diariamente o mundo sente,
Animais aniquilados, sociedades dizimadas, pensamentos esquecidos, árvores centenárias dão lugar a estacionamento, concreto e poluição tomam conta dos lugares, dos momentos,
Sofrimentos para muitos, que vivem aquém, sem ninguém
Que não come e não bebe, pois não têm.
Que não sabe se o amanhã chegará
Pois a vida que possui, valor não há.
É uma pena essa realidade, essa devoção por ganância e dinheiro
Só faz atrasar uma sociedade que deveria viver em paz, sem dificuldade,
Que deveria sobreviver de amor e de atos de solidariedade.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

São Salvador

Salvador, primeira capital do Brasil
Fundada como São Salvador da Baia de Todos os Santos,
Temos encantos e axé.
Terra que transpira verão,
O ano todo se der.

Paraíso tropical, sem igual
Seus portos recortados
Geograficamente estratégicos
Seu céu pincelado de aquarelas
Seu mar refletindo as cores mais belas

Seu povo, reflexo da cultura africana, do candomblé
Fundida com a natureza tupiniquim, até hoje dizimada
Pelo capitalismo selvagem e sem piedade, dos católicos catequizadores,
E das potências mundiais, antinaturais.

Suas festas populares, como a de Yemanjá,
Dia dois de fevereiro no Rio vermelho está,
A homenagem ao Senhor do Bonfim,
Que em Janeiro é acompanhada pela comunidade,
Desde a Igreja de Conceição, de onde sai uma grande procissão.

Dia 2 de julho, é a festa dos Caboclos,
Movimento popular que se rebelou no ato
Para contrapor a ordem social vigente em 1824.

É em setembro, que também se nota a herança da ascendência africana,
A cidade fica mais apimentada, recheada de culinária baiana,
Pois há a homenagem a Cosme e Damião, santos jovens que representam a união,
A infância,
A ligação, entre dois irmãos.
Caruru e vatapá, presentes estão.

Ah Cidade da Bahia, Salvador, meu amor,
Minha terra, fonte da mais nobre energia,
que possui um movimento cultural, sem igual
Que os orixás, protejam esta cidade,
Afastem toda a miséria e desigualdade,
O desemprego, as fatalidades,
Pois és cheia de luz, encantos e cantos.
Por tudo que sofreste e por possuir uma cultura mística e poderosa,
Terra minha, não mereces viver em prantos!