quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Tinto do Sangue

São nas correntes de sangue que passam por meu corpo
Que Interligam meus órgãos
E Irrigam meus músculos
Onde ocorrem os transportes de nutrientes por todas as minhas partes
Reparte-se e adentram em minhas veias, vasos e artérias
Que faz meu coração bater e encher de calor
E quando estou a namorar me deixas quente, me toma o corpo de ardor
É também por parte dela que me sinto vivo, coerente e raciocino com a mente.

Sangue de cor semelhante ao extrato da uva roxa,
Cor de vinho,
Tinto!
Tinjo o sangue com o vermelho,
Viva cor quente, que emana toda a força que adentra meu ser,
Sente?

A vermelhidão desenfreada que ocorre quando se sofre uma pancada,
Um hematoma,
Toma a forma e retrata o corpo como um vinho que derrama, de dentro pra fora,
Dentro de si,
Ou superficialmente.

Mensalmente presente,
Nos ciclos femininos hormonais.
Descamando a parede do local onde uma nova vida, poderia se abrigar.

Líquido precioso
Que liga a mãe ao feto
E promove a mais bela e forte troca de afeto, saúde e alimento,
Alimentando ambos de cumplicidade.

Estando presente na vida e na morte,
No amor e na dor,
Nos opostos, nos iguais,
No ocidente, nos orientais,
Nos animais,
Nas plantas e flores o sangue é a seiva.

Sangue tu és líquido, símbolo.
Nunca estanque meu coração de mágoa, nem ódio, nem raiva.
Que sua fluidez me dê leveza, altivez e certeza de dias melhores, de uma vida tranqüila, repleta de beleza e de amor!
Sangue, teu vermelho enche de chama o doce mistério da vida!

Pego uma garrafa na adega e encho minha taça de bebida fervida.