segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Arde, qual arte?

Caso fosse uma obra de arte teria a luz e o movimento impressionista de Van Gogh.
A criatividade e leveza das músicas de Gil
A construção métrica, poética de Caetano
Soaria como a voz firme e forte de Elis, composta de emoção
Como a construção do Chico.

Se fosse um texto seria um poético, expressionista, subliminar, pós-moderno.
Encantaria a todos por um escrito autêntico de forma e métrica inovadoras.

Se uma fotografia fosse, seria preto e branco nos momentos íntimos, meus.
Não uma sépia, pois me daria um tom envelhecido, saudoso,
Seria com cores, caso retratasse meus amores, família e amigos, momentos felizes
Que a vida me proporcionou e proporciona, as mais belas andanças.

Um filme com a fotografia mais encantadora, as paisagens mais sublimes e hipnotizantes,
Traria diversas formas de expressão,
Passaria em diversas telas,
Emocionaria alguns, cairia no gosto de outros, no desgosto de desgostosos, na crítica de profissionais ou não.

Estamos cercados deles, os críticos.

Ah se fosse uma escultura passaria a firmeza impressionista do Rodin,
Poderia ser em madeira, em ferro, em barro, passaria pelas mãos das mais belas e criativas artesãs.

Se uma peça fosse, seria mais que um ato, um retrato, uma cena,
Pois a vida não é serena,
é composta de cores, paisagens, sons, cheiros e imagens que formam o todo, que dão forma ao viver e que possuem continuidade.

Sou um animal diferente,
Alguns, dizem que a imagem e semelhança de Deus
Outros que viemos dos macacos,
O certo é que somos compostos de corpo, mente, sangue, emoção e razão.
De relações, de afeições, de confusões, alucinações, sonhos, vontades, desejos, aprendizado, atitudes, realidade.
Sou parte do todo, do todo faço parte.
Por isso que também sou uma bela obra de arte.
Que Arde!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Dama da noite

Maria Joaquina,

já foi mulher que alucina,

suas pernas grossas,

seu olhar de mulher dengosa, atraiam os mais vorazes olhares.

Seu andar sinuoso, provocante.

Seu cheiro, um fator estimulante.

Ah Joaquina que de noite era vadia,

Saiu pela vida fora,

Trapaceou quem no seu caminho se metia,

Gozava os prazeres da vida.

Despedaçava corações de dia ,

Na lanchonete onde trabalhava, onde muitos a assediavam.

Ela se fazia de Santinha.

Tinha uma casa, dois filhos, o marido a batia.

Arranjou um amor, nem a mala levou, sumiu,
Pegou somente os filhos e viajou,

ninguém mais via

aquela dona do lar Maria

que de noite vida fazia, diariamente sofria.

Agora mulher de gringo tornou-se

Boa vida seria sua sina.

Nos melhores restaurantes jantou,
Os mais amorosos beijos de amor recebeu,
E agora encontro ela, novamente, é aquela senhora ali na praça.

Que anda sozinha

Foi mulher minha um dia.

Certa vez quando me questionei o que seria da vida
Resolvi sonhar, procurar encontrar a felicidade.
Antes de agir, vem o pensar.
Ando seja pro trabalho, faculdade, pra encontrar algo que me permito saber,
Procurar, ler.

Certamente nada passa de um evento que não se repetirá
Pois o tempo é contínuo ele não pára.
E há tempo que se avista o escarro na pista,
A bola que corre,
O empinar da pipa,
O cantar dos pássaros,
O barulho do mar.
Um mergulho nas águas tem seu lugar.
A aranha na teia, tecendo sua vida.
A ave que voa e
A liberdade e alegria que solta num respirar, dentro do sangue, que circula nas veias e bate no peito.
Libero eu com o escrito.
De antemão aviso-lhe
Que o ensimesmado eu
Procura encontrar distantes conclusões.

Mas a procura corre, ocorre e quanto mais me questiono
Reflito, respiro, canto sorrio.
Ah de manhã, os pássaros que cantam e o quente que surge do sol, do dia
A brisa do mar de setembro
Procuro um momento pra ser feliz
Sair de repente, ouvir uma música, namorar, amar, rir

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Tempo







O tempo não pára,
ele anda,
segue,
ele corre,
amadurece,
aproxima,
distancia,
voa.

O tempo ecoa...
O tempo não tem idade definida,
nem identidade própria,
possui um Deus: Saturno, pros Romanos.
pros Gregos: Crono.

O tempo é relativo,
é pontual,
é concreto,
abstrato.
Quanto tempo a gente passa se preocupando?
Quanto tempo a gente vive se ocupando?
Quanto tempo...
As horas e os minutos, hão de passar
E tudo no seu lugar.
A Infancia, a mocidade, a juventude, a vida adulta, a velhice
Vão chegar,
Se o tempo pra você não acabar.

O tempo é contínuo e os segundos,
os minutos,as horas,dias,meses e anos hão de ser contados,
vividos,
Vívidos tempos...
E eu a olhar-te
e tu a mostrar-me.
E eu a crescer...
E tu a voar...
E eu a viver,
E tu a regrar-me.
Ah tempo,
tempo que cura dores,
transforma atores,
tempo que une pessoas,
distancia amores,
tempo, tempo
tempo que prossegue, que segue,que voa, que corre, que anda...
Quem te comanda?
Quem te apressa?
Porque que tu passa cada vez mais rápido?
Haja tempo pra acompanhar-te.
Ah o tempo...

Este sim é uma grande obra de arte!









Gotas




Enquanto estou a exercer este poder de escrever,

as nuvens chocam-se

e

as

go-

tas

ca-

em

num

movimento contínuo.


Estava apoiado na janela

Meus pensamentos eram poéticos,reflexos estéticos.

E daí resolvi escrever-te.

Nesta madrugada,que está fria

na minha cama,

que me conforta

e

renova minha energia.

da minha cama

onde avisto o céu de nuvens acinzentadas,

de um porto,

na Barra.

Moreno sou.


Um silêncio costumeiro,barulhos:

de gotas caindo

e

do atrito dos pneus de carros que correm na rua molhada.


Estou a apreciar uma das fontes da vida

que possui papel importante no ciclo hidrológico.

Que faz as flores e plantas,brotarem.

Alimenta animais e árvores.

Água límpida que nos toma,nos encanta e é derramada dos céus.


Faça com que sempre brote em mim ações boas e pensamentos positivos.

Fazer com que a Mãe Terra seja coberta e encharcadade:

Valores,

Inspiração,

Dedicação e

Amor.

É a sua valia!


Oh, Chuva!

A porta




Uma porta velha, feia, verde.
Cheia de Dobraduras me causava dúvidas
Deveria adentrar-lhe?

Sua madeira corroída por inúmeros cupins famintos.
O verde era do lodo que tomou suas partes.
Seria arte?
Não, sujeira, desdém.

A porta seria de uma casa?
De um corredor?
De uma mata?

A porta era suspeita, não mostrava-me uma saída.

Seria uma entrada? Poderia.
Vazia seria?
O que existiria lá dentro?

Aquela porta estava ao relento.

Só sei que me causava agonia
Aquela porta vazia, sem teto, sem tinta,
Não iria de entrar, a curiosidade em mim não existia
Dei meia volta, virei contra a porta.
Segui em diante.
Olhei novamente, encontrava-se distante.
Distante do corpo, mas dentro de minha mente.
E quanto mais distante ficava, da minha cabeça ela não saia
Um dia iria desvendá-la,
Não sei que dia seria.

Só sei que se arrancassem aquela porta,
O mistério se acabaria.

Luar



Reguladora das marés.
De origem incerta.
É o maior satélite deste Planeta, que se chama Terra.

Acredito que quando tu surges
O céu não perde seu brilho
O mar recebe sua luz
As estrelas compartilham seu espaço
As paixões tornam-se mais quentes,
Os amores mais evidentes,
Os poetas confortam-se,
Inspiram-se,
Os fotógrafos clicam, paralisam, admiram.
Os cidadãos adormecem, enamoram, divertem-se,
Embriagam-se de vinho, bebidas, sexo, e paz.
Uma dose quente.
Uma noite a mais.
De noite ou de dia noto a sua nobre e iponente presença.

Tu me segues.
Suas fases me dizem que não és fixa,
És contínua,
Ilumina,
És cíclica, irradia.
É nova, crescente, cheia, minguante.

Ó Luar brilhante!

Seu Santo protetor,
São Jorge, meu senhor,
Oxossi do Candomblé,
Defende a nossa fé lunar.

Se a sua procura estiver,
pra te encontrar dificuldade não há,
não preciso de foguetes,
com os pensamentos hei de voar.
É só abrir a mente, clarear
Abstrair, refletir, pensar, amar, sentir, se permitir,
E na esfera lunar se encontrará, melhor ainda, se perderá!