quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A porta




Uma porta velha, feia, verde.
Cheia de Dobraduras me causava dúvidas
Deveria adentrar-lhe?

Sua madeira corroída por inúmeros cupins famintos.
O verde era do lodo que tomou suas partes.
Seria arte?
Não, sujeira, desdém.

A porta seria de uma casa?
De um corredor?
De uma mata?

A porta era suspeita, não mostrava-me uma saída.

Seria uma entrada? Poderia.
Vazia seria?
O que existiria lá dentro?

Aquela porta estava ao relento.

Só sei que me causava agonia
Aquela porta vazia, sem teto, sem tinta,
Não iria de entrar, a curiosidade em mim não existia
Dei meia volta, virei contra a porta.
Segui em diante.
Olhei novamente, encontrava-se distante.
Distante do corpo, mas dentro de minha mente.
E quanto mais distante ficava, da minha cabeça ela não saia
Um dia iria desvendá-la,
Não sei que dia seria.

Só sei que se arrancassem aquela porta,
O mistério se acabaria.

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