sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Dama da noite

Maria Joaquina,

já foi mulher que alucina,

suas pernas grossas,

seu olhar de mulher dengosa, atraiam os mais vorazes olhares.

Seu andar sinuoso, provocante.

Seu cheiro, um fator estimulante.

Ah Joaquina que de noite era vadia,

Saiu pela vida fora,

Trapaceou quem no seu caminho se metia,

Gozava os prazeres da vida.

Despedaçava corações de dia ,

Na lanchonete onde trabalhava, onde muitos a assediavam.

Ela se fazia de Santinha.

Tinha uma casa, dois filhos, o marido a batia.

Arranjou um amor, nem a mala levou, sumiu,
Pegou somente os filhos e viajou,

ninguém mais via

aquela dona do lar Maria

que de noite vida fazia, diariamente sofria.

Agora mulher de gringo tornou-se

Boa vida seria sua sina.

Nos melhores restaurantes jantou,
Os mais amorosos beijos de amor recebeu,
E agora encontro ela, novamente, é aquela senhora ali na praça.

Que anda sozinha

Foi mulher minha um dia.

Um comentário:

  1. Oman,
    percebo sutilezas em seu modo de ecrever. Algo que aprecio muito mas que não consigo exercitar. Essa capacidade de escrever histórias, relatar situações, imaginar contextos. Estou adorando seu blog, viu? E siga em frente! Você tem intimidade com as palavras.

    Beijos
    Paulinha

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